domingo, 30 de outubro de 2011

Entrevista para o site Dez na rede

Pessoal vejam a entrevista que concedi ao repórter Rafael Morais para o site www.deznarede.com

Papo Dez Especial

30/10 - Andrey Valério fala da renovação do Beach Soccer potiguar

O Beach Soccer do Rio Grande do Norte está em boas mãos. Em meio a preparação para a disputa da Copa dos Campeões, na cidade de Serra, no Espírito Santo, o treinador da Seleção Potiguar concedeu entrevista ao Papo Dez, onde falou de carreira, da valorização da modalidade, da renovação da Seleção do RN e do futuro da Seleção Brasileira.

Nascido na cidade de Caicó (RN), Andrey Valério é formado em Educação Física. Além do Futebol de Areia (ou praia), mundialmente conhecido como Beach Soccer, já foi técnico de Futebol e Futsal. Já foi várias vezes Campeão Brasileiro de Seleções, Campeão Mundial, treinou o Flamengo/RJ, as Seleções do Uruguai e da Venezuela. Em 2001 chegou à Seleção Brasileira de Beach Soccer, onde ficou até 2003.

Confira essas e mais informações no Papo Dez com Andrey Valério:

RAFAEL MORAIS: Andrey, gostaria que você falasse um pouco da sua carreira no Beach Soccer e sua experiência no mundo esportivo.

ANDREY VALÉRIO: Comecei a praticar esportes com 9 anos, quando fui jogar na escolinha do América. De lá pra cá, o esporte jamais saiu da minha vida. Hoje tudo que faço e tudo que tenho é por causa dele. No Beach Soccer comecei em dezembro de 1998, quando fui campeão pelo bairro de Potilândia do 1º torneio da modalidade, ocorrido na Arena do Conjunto Mirassol. Desde então nunca mais sai da modalidade.

RAFAEL MORAIS: Como surgiu a oportunidade de treinar a Seleção Brasileira de Beach Soccer? O que esse fato trouxe de bom para você e para essa modalidade no nosso estado? 

ANDREY VALÉRIO: 
Tudo começou após a conquista do 3º lugar pelo RN no Campeonato Brasileiro de 2000. Fomos o primeiro estado do Nodeste a subir no pódio e isso chamou atenção da CBBS (Confederação Brasileira de Beach Soccer), que me convidou, no ano seguinte, para comandar a Seleção Nacional, uma vez que o Júnior estava doente e não teria condições de participar do Mundialito em Portugal. Isso contribuiu decisivamente para que eu mudasse todo o rumo da minha vida dentro do esporte, pois trabalhava com futsal e futebol e tive que me dedicar quase que exclusivamente ao Beach Soccer, fato que ocorreria em 2005 quando passei a treinar seleções de outros países também. Pro RN, este fato foi importante, mas como tantos outros, não foi muito valorizado. Hoje por exemplo, temos o artilheiro da Copa do Mundo e quase ninguém fala. É uma pena! 

RAFAEL MORAIS: Estamos às vespéras de uma competição importante, que é a Copa do Campeões. Como está a Seleção Potiguar para a disputa?

ANDREY VALÉRIO: 
A Seleção do RN está treinando sob meu comando desde o dia 17 de outubro, na Praia do Forte. Esta semana passaremos a treinar no SEST/SENAT. Porém, ainda não sabemos se vamos participar do evento, pois não temos nenhum apoio do poder público, fato que muito nos entristece.

RAFAEL MORAIS: E as competições escolares, revelam muitos atletas para a nossa Seleção? Qual a importância delas pro desenvolvimento do Beach Soccer no RN? 

ANDREY VALÉRIO:
 Essas competições são de fundamental importância para o desenvolvimento e crescimento de qualquer modalidade esportiva. Estamos executando um projeto que busca manter uma Seleção Escolar permanente, com treinos semanais aos sábados. O mais importante de tudo isso é implantar nestes jovens a forma de trabalho que eles vão encontrar ao chegarem na Seleção Principal. Este ano escolhi 25 atletas que disutaram os CEEMS e os JERNS e a partir do dia 15 de novembro começaremos a nos reunir semanalmente para iniciarmos esse projeto que, sem duvida, será a garantia da renovação do Beach Soccer do RN.

RAFAEL MORAIS: O Brasil sempre teve a melhor equipe de Beach Soccer do mundo e mesmo assim, perdeu o último Mundial. A que se deve isso? 

ANDREY VALÉRIO:
 Acredito que o fato de termos nascido dentro de uma agência de marketing esportivo paradoxalmente nos ajudou e nos atrapalhou, uma vez que no início, a Seleção era vista como produto. Por muitos anos isso atrapalhou o desenvolvimento da modalidade, no tocante a eventos nacionais para as categorias de base. Nossa Seleção está com uma média de idade alta, de 30 anos, e temos que saber renovar sem causarmos seqüelas aos que por mais de uma década transformaram essa modalidade num grande espetáculo mundo afora. Acredito que a idade chega pra todo mundo e estes ídolos têm que admitir e reconhecer isso.

Nenhum comentário: